sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cinema que ensina

Trabalhe menos, viva mais.E mantendo a tradição de sexta-feira ser dia de dicas, sugestões, coisinhas para o fim de semana que já aponta aí, lá vai o da vez: "O Escafandro e A Borboleta". Muito bacana. De verdade. Mesmo sendo francês, não é chato ou metido a europeu demais. O filme conta a história real de Jean-Dominique Balby, editor-jornalista-bacana-fashion da revista francesa Elle. Jean tinha de tudo na vida: dinheiro, beldades a seus pés, filhos lindos, ex-mulher compreensiva e amiga, pai com 90 anos lúcido e divertido. Até que era bonitão (menos do que ele achava que era). Sem contar que nasceu na França, morava (e bem) em Paris e tinha um conversível último tipo de marca boa. Bem boa, aliás. Tinha resolvido parar tudo por um tempo e se dedicar a um período sabático para reescrever o clássico "O Conde de Monte-Cristo". Com apenas 42 anos, não era o protótipo do executivo dos anos modernos: gordo, estressado, infeliz. Definitivamente não.

Mesmo assim, ele levou uma rasteira da vida. Teve um derrame que o confinou em si mesmo para sempre. Não conseguia mais se mexer ou falar. A única coisa que sobrou para o jornalista foi um olho - o esquerdo. Mas também sobraram sua memória e sua imaginação, como o personagem diz no filme.

Depois de meses em coma, quando acorda, percebe que terá que redescobrir como se comunicar - apenas piscando o olho salvo. Ele até se deprime, mas com a ajuda de uma médica, desenvolve uma nova forma de interagir com o mundo. Desse modo, seu humor-ácido-divertido volta à tona e ele consegue escrever um livro.

Triste, a história é 100% filmada como realmente aconteceu. Bonito, o longa é dirigido pelo artista plástico Julian Schnabel (indicado ao Oscar). Intenso, “O Escafandro e A Borboleta” dá uma chacoalhada em quem brinca de ser coadjuvante em sua própria vida ou dá importância só para o trabalho.

Veja o trailler abaixo e leve o lenço.

Em tempo: acredita que o ator desse filme é o mesmo que fez a porcaria "A Questão Humana"? Como pode, né...?




Um comentário:

Anônimo disse...

lindo, lindo, lindo!!!
assisti ontem.
obrigada pela dica.
beijos
catarina