quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Assédio Moral - o mal do mundo corporativo

Em algumas entrevistas, muita gente acha que sou especialista em assédio moral. Não sou. Abaixo, seguem dicas para quem estiver passando por esse terror. Fontes: Você S/A e o site www.assediomoral.org . A minha sugestão é uma só: CAIA FORA E ACHE OUTRO EMPREGO!

1) É bom anotar todas as agressões sofridas, com data, local, nome do agressor, o conteúdo da agressão e os colegas que testemunharam. Igualmente importante é guardar documentos que atestem a pressão do assédio: bilhetes ou emails com ordens descabidas ou ofensivas.

2) Conversar com colegas que tenham passado ou estejam passando pelo mesmo problema também é bom. Se há mais de uma pessoa se sentindo vítima do assédio moral, mais força terá o grupo de vítimas para conseguir a solução internamente na empresa ou buscar soluções jurídicas.

3) O assédio ganha as páginas dos jornais normalmente quando o assunto chega aos tribunais, mas antes de procurar a Justiça, é recomendável tentar resolver a situação na empresa. Comece comunicando o fato ao RH.

4) Na aproximação com o agressor para falar do assunto, é bom estar sempre acompanhado para ter uma testemunha do teor da conversa. Também é recomendável exigir explicações do agressor por escrito. Cartas pedindo explicações - e a resposta do acusado - devem ser encaminhadas ao RH.

5) Se no âmbito interno não houver solução, vale buscar ajuda no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador e relatar a humilhação sofridas ao médico, assistente social ou psicólogo.

6) Com o respaldo médico dos danos sofridos com as agressões, aí sim você deve procurar assistência jurídica.

Um comentário:

Anônimo disse...

O pior é quando o próprio chefe do RH é o seu superior e está te subjugando. Eu mesma já vivi isso e como era muito nova me via sem saída, não sabia o que fazer... Uma vez o chefe da minha chefe (tem tantos chefes nas empresas)me pediu um serviço diretamente, já que eu falava inglês e ela não, aí ela queria me forçar a dizer que não ia fazer o serviço, eu disse que então ela mesma negasse o pedido. Assim ela passou a me penalizar. Havíamos recebido milhares de brindes corporativos e ela disse que se eu tinha tempo para fazer o serviço do outro chefe (que era um serviço importantíssimo, um evento com convidados internacionais, em diversas localidades no Brasil) então era porque eu estava com tempo livre, ela me deu a tarefa de amarrar laços em brindes... Imagina a diferença de um serviço para outro. Para evitar as agressões dela, eu amarrei todos os laços por semanas rsrs, agora eu tenho até vontade de rir, mas na época chorei muito. Mas não perdi a oportunidade de fazer o outro serviço, trabalhava no meu horário normal amarrando laços e de 18h às 22h organizando e preparando o grande evento. Hoje com um pouco mais de experiência realmente vejo que aceitei a situação de vítima e é claro passei por diversas outras situações como esta, já que a chefe tirana percebeu a minha "fraqueza" e falta de malícia. E olha que essa é uma das tais empresas que aparecem nas tais revistas e isso era uma decepção porque eu lia as revistas e ficava mais indignada com tanta discrepância entre a realidade e o que estava escrito. Achei a idéia do livro fantástica, ainda não li, mas já vou comprar pela internet mesmo. Espero que a exposição, mesmo que com humor, dessas histórias iniba um pouco os agressores e que as vítimas se questionem mais sobre seu comportamento.