segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pai é pai

Não estou conseguindo postar muita coisa aqui, porque, olha, vou dizer uma coisa. Ô energia, viu. Desde que lancei o livro, não paro de ficar doente. É virose, é sinusite, é alergia a camarão e agora terminei numa faringite. Mas não tem nada não. Meu plano de saúde é tipo incrível, os remédios existem pra salvar a gente e Deus é mais! Pé de pato, mangalo três vezes! Vou tomar um passe e pedir proteção aos céus!

E no meio de tanta ida ao hospital, neste domingão, entre um soro aqui e um atiflamatório ali, fiquei de butuca na conversa que se desenrolava ao meu lado via celular. Um pai que correu com o filho para o 9 de Julho (Êta pronto socorro que funciona!) tentava explicar para um cliente que ele não poderia estar às 7 da matina numa reunião porque o filho encontrava-se em observação depois de ter caído da bicicleta e ficado com amnésia. Coisa séria, gente. Drama. E o dito-cujo do outro lado do aparato não dava trégua. A conversa terminou mais ou menos assim:

Pai: Meu filho caiu da bicicleta e está com amnésia. Vim de Vinhedo para cá, porque aqui tem mais recursos.

Dito-cujo (imagino eu): Sei, que pena. E nossa reunião de amanhã às 7h está em pé, certo?

Pai: Acho que você não entendeu. Meu filho sofreu um acidente e não sei que horas vou sair daqui.

Dito-Cujo: Mas o que isso tem a ver com nossa reunião?

Pai: Escuta aqui ô, dito-cujo. Eu trabalho por conta própria para não ter que ter horários. Você é que tem que se enquadrar na minha agenda.

Dito-cujo: Mas eu quero a reunião às 7h.

Pai: Então vai ficar querendo. Pelo que percebemos aqui, não temos como fazer esse trabalho juntos. E com licença que vou ver meu filho.

Clique.

Desligou.

O Pai levantou e foi ficar próximo dos seus.

Parabéns para esse Pai. Parabéns mesmo.

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