Eu quero. E qual o problema?
A revista Veja desta semana traz na capa o maior e melhor bilionário brasileiro: Eike Batista, o dono das empresas X. Na sexta-feira, 13/06 (meda!), o empresário conquistou o primeiro lugar dos maiores IPOs (abertura de capital, oras) da Bovespa. Sua empresa com menos de um ano de vida, a petrolífera OGX, captou 4 bilhões de dólares. E conseguiu mais: no dia que a bolsa fechou em -0,17%, as ações da empresa tiveram ganho de + 8,3% em plena sexta-feira 13.
Hoje, Eike (olha só que intimidade) tem patrimônio avaliado em 20 bilhões de dólares, o dobro do então mais rico do Brasil, Antonio Ermírio de Moraes. E ele quer mais e mais: quer ser o mais rico do mundo. Eu não duvido que vá conseguir.
A diferença básica de Eike Batista com os outros bilionários brazucas não é o fato de sua ex-mulher ser Luma de Oliveira. Não. O que o diferencia de seus colegas de lista da Forbes é que o Sr. Batista quer e gosta de ser rico. Não vê problema nisso. Pousa para as capas de revistas e veste a alma de Robin Hood Tropical dividindo muito dos seus ganhos com seus funcionários, fornecedores e acionistas. Conheço algumas pessoas que trabalham nas empresas X. São pessoas genuinamente felizes de trabalharem onde trabalham. Coisa rara no universo corporativo.
Eike Batista é totalmente o oposto dos bilionários que conheci. Todos, sem exceção, gostam de se fazer de pobres-trabalhadores-ricos, sem nenhuma afetação de milionário. Apenas fachada para os funcionários, claro. Cada um desses bilionários à moda antiga sempre revisa pessoalmente os bônus de seus funcionários, questionando, questionando e diminuindo, diminuindo os valores a serem pagos. Afinal, bônus menor no bolso de seus executivos é dinheiro a mais na sua conta pessoal que resultará numa melhor posição na lista dos mais ricos do mundo. Esses bilionários sempre mostram emocionados o quanto ajudam instituições carentes (tudo adequado à Responsabilidade Social da empresa que faz bonito no Relatório Anual que vem aí, óbvio), o quanto destinam alguns milhões de reais (e não de dólares) para causas sociais das amigas da suas esposas. E esquecem de ajudar a pobre da copeira de sua firma que não consegue pagar o aluguel de seu humilde lar e jamais terá uma casa própria. E ai dela se lascar a porcelana da Cia das Índias que é usada para os chás e cafés da presidência. Vai para a rua, sem desculpas.
Como diz a matéria da Veja, o Brasil, para crescer, precisa de muitos Eikes Batistas. Precisa de empresários sem vergonha de ganhar dinheiro. Sem essa coisa chata de brasileiro que acha que ser vencedor é feio e mal educado. Que venham os Eikes! (Detestei esse final, desculpem)
2 comentários:
ótimo o que vc escreveu! adorei. mas a única coisa que não me sai da cabeça é: como essa luma pode ser tão anta? dançou, nêga!
Muito bom e atualizadíssimo. Faltou apenas notar que sucesso na bolsa é fruto de relacionamentos, muito mais do que descobrir bilhões na perpetuidade (valuation das empresas). E não é relacionamento com a Luma..RS
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