terça-feira, 4 de maio de 2010

Briga de Casal

No Oscar de 2010, tivemos uma briga silenciosa e poderosa entre o ex-casal sensação de diretores hollywoodianos, James Camaron e Kathryn Bigelow. Num passado não muito distante, ele era o famosão diretor da bobagem "Titanic", ela, a esposa-diretora menos conhecida. Em 2010, muita coisa mudou.

Depois da separação de corpos, almas e milhões de dólares, Mr. Cameron voltou aos holofotes com "AVATAR" enquanto Kathryn chegou mais
humilde com o filme "Guerra ao Terror". No Oscar, os dois se
encontraram novamente e foram elegantes um com o outro. Mas... Na noite da entrega da estatueta mais desejada do mundo, os dois não eram apenas "ex" um do outro. Eram também concorrentes.

"Avatar" e "Guerra ao Terror" disputavam muitas categorias, entre elas a de diretor e a de melhor filme. Quem esperava que o pode-pode James Cameron sairia mais uma vez vitorioso, se deu mal. Não só ele levou pouquíssima coisa da premiação (TITANIC foi o grande vencedor dez anos
atrás), como perdeu para sua ex-esposa. Sim, Dona Kathryn viu seu filme quase esquecido, "Guerra ao Terror", levar o Oscar de melhor filme e ela a de melhor diretora, entre outros. Mérito da chique diretora que foi a primeira mulher a ganhar um Oscar de Direção. Mérito de DEUS, o roteirista da vida real, que fez a personagem de Kathryn dar a volta por cima no ex-maridão famoso.

"Avatar" e "Guerra ao Terror" têm muita coisa em comum: mundos em destruição; americano que salva tudo; conflitos óbvios e chatos. Prefiro "Avatar" que encanta mais por ser praticamente um desenho animado. "Guerra ao Terror" fez meu dedo apertar o botão STOP do DVD. Mais sem novidade, impossível... Mais americano, impossível... Por que a Dona Kathryn não fez um filme na ótica dos iraquianos? Quem gostaria do invasor? Pobres americanos lindos, gatos, sarados, de olhos azuis que estão aqui para salvar o mundo. Pobres americanos que continuam sua saga de fazer do Iraque um país livre. Pobres americanos que têm até que ter paciência com essa gente do povo iraquiano que não fala inglês... Pobres americanos que continuam a achar que são os Super-Homens do planeta Terra... Santa ignorância, Batman!

Só gostei de Kathryn ter ganhado pelo realismo do tapa na cara do ex-marido - mais uma vez a vida real é melhor que a ficção. Porque, vamos combinar, quem merecia todos os Oscar era "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino. Impossível entender como um dos melhores filmes já feitos na história tenha passado tão batido. O filme "Batardos..." fala de uma vida real/ficção. Neste caso, a ficção seria mesmo MELHOR que a realidade.

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