"Há tanto tempo que te amo" é francês. Um filme francês. O que deveria ser sinônimo de coisa chata. Mas não é. Não é mesmo.
A história é muito bem contada. O roteiro entrega aos poucos quem é a personagem principal: uma mãe que matou o filho de 6 anos. À primeira vista uma vaca ordinária, claro. Mas, no decorrer do filme, a persongem se desvenda e emociona. Coloca o expectador ao seu lado.
A atriz - que eu nunca tinha visto - é uma das melhores atrizes do "world", como diria meu amigo Bacana, o Henrique. Ela consegue ser enigmática como a personagem pede que seja.
A história gira em torno do reencontro de duas irmãs depois de 15 anos de afastamento. A mais velha matou o filho e a mais nova foi obrigada a viver longe da irmã. O começo do filme é uma das melhores apresentações de personagem que já vi no cinema. É como se chegassemos no meio de uma história. O conflito e a tensão já existe no primeiro segundo, quando uma espera pela outra na estação de trem. Existe apenas o silêncio, o beijo da chegada e o distanciamento da ex-presidiária. Mas existe claramente o amor da irmã mais nova. E é esse amor que transforma tudo.
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