Ontem, quem acompanhou o Big Brother viu uma das sequências que entrará para o hall-vergonha do Projac - junto com a mulher-sushi do Faustão e todas as erradas roupas da Patricia Poeta e do Zeca Camargo, apresentadores do Fantástico. Na noite da segunda-feira fomos agraciados com a tal câmara branca. Ou seja, Big Brother virou No Limite, levando os participantes ao extremo por um punhado de vil metal.
O Boninho, que é filho do Boni, pelo jeito não puxou o pai - homem, este, que sabe mesmo tudo de televisão. Tenho certeza que na era de ouro da Globo, o Deus-poderoso, o pai, o Boni, não deixaria o filho, o Boninho, fazer tudo pelo Ibope, até passear pelo mundo cão. Tenho certeza que não.
A câmara branca é de uma riqueza de detalhes de tortura que lembrou bem um campo de concentração. Sadismo, minha gente, até sadismo, tem limites. O branco, para quem não sabe, ofusca os olhos de tal maneira que dá uma sensação de cegueira branca. A falta de controle do tempo, sem janelas para perceber se é dia ou se é noite, leva qualquer um à falência mental. A solitária do Big Brother, com aura de nave espacial, para mim, foi o limite da criação de mau gosto.
Antigamente, anunciantes não escolhiam onde iam colocar campanhas de seus produtos apenas pelo Ibope. Havia, também, dentro da equação veiculaçãoXretorno, um coeficiente importante: bom gosto. Tanto que Ratinho, no SBT, nunca teve muitas boas marcas fazendo inserção em seus breaks comerciais. Ficava sempre a escama de tubarão como maior anunciante. Quem gostava de mundo cão que ficasse com o tubarão. Eu mesmo, nos meus velhos tempos de marketeiro, barrei campanhas em programas duvidosos. Se fosse eu o responsável por qualquer marca que está dentro do Big Brother, hoje, estaria gritando.
O Big Brother tem como base o voyerismo. Tem também como base o confinamento. Pessoas que não se conhecem tendo que conviver por meses sem qualquer ligação com o mundo exterior. OK, são ratinhos de laboratório com um belo prêmio no final. Mas daí fazer desses coitados-competidores experiências de loucura humana já é demais. Não seria melhor pensar em tramas mais divertidas dentro do espírito "convivência"? Algo como o Pedro Bial não entrar em contato com esses "heróis", como o apresenatdor de camiseta grande e feia fala, por duas semanas? O que os "Brothers" fariam se mais nem esse contato fosse feito? E se nem a produção aparecesse por lá? Eles iriam tentar pular o muro? Sei lá, não estou aqui para criar nada de graça.
Só sei é que choquei. E pronto.
3 comentários:
1 milhão de reais compra tudo ultimamente, até sua sanidade.
também nõ gostei dessa casa branca.
também nõ gostei dessa casa branca.
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